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Xamanismo Urbano
 Um Potencial de Cura
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"São varias as formas do Grande Espírito recrutar xamãs.

Eles podem receber seus ensinamentos através dos antepassados (hereditariedade) ou de um ancião, como podem ouvir o chamado da alma e reconhecer sua missão.



Quando reconhecemos o chamado do xamã, é mister iniciar uma busca interna para encontrar o seu sábio ou ancião, que irá ensinar a comunicação com o mundo que existe além da mente.

Importante enfatizarmos que para seguir a linha de cura, ou ser um xamã, é necessário que estejamos sempre curando

a nós mesmos, mente e corpo, para não nos perdermos na cura ou na história de vida daqueles a quem buscamos facilitar a jornada.

 

Os pajés ou curandeiros entram com muita facilidade no mundo distante dos indivíduos, e com sabedoria trazem partes perdidas da alma, que foi fragmenta por traumas vividos em alguns momentos de sua história.

A perda dessas partes faz com que percamos nossa vitalidade. E, como uma colcha de retalhos, o xamã busca recompor essas almas para que possamos voltar a nos expressar como um ser completo, pleno, livres e capazes de assumirmos

o nosso desenvolvimento pessoal.


Um trabalho onde não se pode nunca deixar de lembrar da magia do amor, e de ter sempre gratidão ao Grande Espírito e a tudo que esta ao nosso redor. Dessa forma, aprenderemos a viver o xamanismo na nossa vida diária.

Pelo que sabemos, existem indícios de práticas xamânicas desde os primórdios da Idade da Pedra, na época do Homem de Cro-Magnon.


Pesquisadores da pré-história, sociólogos e estudiosos das religiões comparadas, aliados à moderna pesquisa simbológica, consideram o xamanismo o mais antigo tipo de religião. E este culto primitivo que resiste ao tempo

e sobrevive até os dias de hoje nos quatro cantos do globo, já ultrapassou a dimensão de uma civilização arcaica

com versatilidade.

Só para ilustrar, lembramos o lamaísmo, a forma tibetana de budismo que conserva as psicopráticas da religião xamanista original do país."

 

Nossa cultura nos leva a crer que não é possível o contato direto com o mundo espiritual. Mas o caminho do xamã vai contra essa verdade. Sabemos que essa relação é possível sim, pois é uma realidade que faz parte do nosso cotidiano.



A intenção do trabalho xamânico é auxiliar o despertar do potencial de cura inerente a todos os seres humanos, tendo a cura da alma como objetivo primeiro, mas podendo-se também alcançar a cura física.

O grande mistério desse ensinamento milenar consiste em se permitir que o código ancestral se aproxime e liberte sua sabedoria, levando cada um de nós a se apropriar da sua ``bolsa de vida``, municiada com vários objetos que carregamos para nos suprir durante nossa caminhada. Assim nos foi ensinado!



Passamos a todos, sem restrições, os ensinamentos sobre a existência de uma fonte suprema, o Grande Espírito, que torna a tudo e a todos sagrados - seres humanos, animais, vegetais, minerais; os quatro elementos (o ar, fogo, a terra e a água), bem como os astros que giram em nossa volta. Tudo isso nos dá a visão do esplendor da magia do Grande Espírito. Conscientes desta sacralidade, podemos viver claramente nossa liberdade, absolvendo, diariamente, o orvalho da sabedoria e dos ensinamentos ancestrais.



Não devemos conceber as doenças como se elas pertencessem a nós. Temos que buscar o verdadeiro alimento para a vida e viver em harmonia e com responsabilidade. Devemos conduzir nossas ações de acordo com a sabedoria do Grande Espírito e caminhar com equilíbrio.



​Durante esta caminhada necessitamos respeitar a todos com igualdade, não esquecendo que tudo que está ao nosso lado é sagrado.

Se carregarmos nosso corpo com o espírito da desordem e do caos, vamos moldando-nos a este espírito e distanciando-nos da pureza da nossa alma. E, então, nossa alma adoece.

Adoece por não dedicamos tempo para contemplar o divino dentro de nós e ao nosso redor. Devemos abraçar a "árvore" que existe dentro de cada um de nós, repleta de sabedoria, e dela procurar obter as respostas que muitas vezes buscamos nos outros.

Gerardo Mesquita 

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