top of page

 



 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Há exatos seis anos, em 19/05/2007, nós nos juntávamos para um trabalho em grupo pela primeira vez, lá no salão sagrado da Via Láctea, lactentes que éramos e, mamíferos que somos, todos reunidos na mesma ponte, a procura de uma fonte que pudesse saciar a sede inicial e depois garantir o abastecimento durante a nossa peregrinação no caminho espiritual.


Ali, dávamos os primeiros passos da jornada interior que começávamos a empreender... Estávamos nós a aprender a enxergar a escuridão de nossas sombras... a conhecer o terreno árido de nossos próprios desertos. Pisávamos, talvez, pela primeira vez num solo quente... assim como quem sente o contraste de um coração engelecido... adormecido na geleira de nossos sentimentos não partilhados... não comungados, não celebrados com o nosso semelhante.


De lá para cá muita coisa melhorou... se modificou em cada um de nós. Fomos, aos poucos, sem ficarmos loucos, modificando nossos padrões comportamentais, nossas percepções sentimentais, e a enxergar a pequenez de nossa (in) tolerancia... a compreender a ignorância de nossas atitudes perante o outro... diante do mundo.


Essas foram, portanto, as primeiras lições, nossas confrontações em relação à realidade vivencial por demais óbvia: a de que muita coisa precisava ser reconhecida, acolhida, para depois ser transformada.
E assim vieram os primeiros aprendizados e as primeiras modificações atitudinais... contando sempre com a nossa coragem e a ancoragem imprescindível do grupo... sob a orientação do nosso xamã. Ele, Gerardo, que nos tem ensinado quase tudo, sobretudo incentivado a produção desse liquido amoroso, artigo essencial para alimentar nossa senhora saúde... e abastecer o cardápio de nossas relações... dando suporte aos pilares de uma vida mais correta, harmoniosa e mais espiritualizada.              Ele que nos ajudou a enxergar a escuridão de nossos desertos, de certo nos mostrou os brotos e os botões gerados em nossos jardins, esperando apenas a hora de desabrochar. Sempre com sabedoria e amorosidade... com firmeza e doçura... conforme    a necessidade!


E desde que iniciamos a caminhada em maio/2007, quase um ciclo vai se completar. Por isso devemos nos perguntar: “depois de tantos trabalhos, de infindáveis jornadas, em que trecho do percurso nós nos encontramos? Paramos na dificuldade ou avançamos na possibilidade de nos melhorar? E como jardineiros de nossa alma, que cuidados descuidamos de cuidar?”
São questionamentos que cada um deve fazer, porque o fechamento de um ciclo é sempre abertura para um outro ciclo, onde o desafio é mais rigoroso, mais exigente e mais... muito mais da gente. É preciso desnudar nossa alma, destravar nossa consciência e travar um compromisso com nossa evolução. É necessário ver em que trecho ficamos entrincheirados... Que travessão atravessou nossa travessia impedindo nossa força e nosso esforço... E, agora, o que fazer quando algo precisar ser feito?


Quanto a mim // me encontro nesse momento // entre uma ponte e um ponto // que me afasta a ignorância // e aproxima o desencontro // entre a luz e a escuridão // travo uma batalha, uma luta // ora avanço, ora recuo, me lanço // e danço sem direção // qual um beija-flor menino // querendo voar sozinho // e ganhar a imensidão // De umas coisas eu sei tanto // outras coisas tanto não // Para tanto o que eu preciso // é não ser juiz nem juízo // e por minha alma no centro do coração.

Reflexões Partilhadas – 19/05/2013

(Por Honorato)
 

bottom of page